quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



A crucificação de Jesus na ótica da medicina, entenda o Jesus fez por nós


Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como
gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que
relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um
clínico.

O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo.
É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é
necessário uma fraqueza física, acompanhada de um
abatimento moral violento causado por uma profunda emoção,
por um grande medo.

O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos
 os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias
 capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se
 mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por
 todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio
 hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o
 procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a
flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem
pelo pulso a uma coluna do pátio.
A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as
quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
 Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de
diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já
alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor
de sangue.

A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe
Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem;
um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma
vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas.
Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça
 de sangue.


Depois o escárnio da coroação.

Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes
entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça.
 Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar
(os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado
à multidão feroz, o entrega para ser crucificado.
 Colocam sobre os ombros deJesus o grande braço
 horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos.
 A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário.

Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno
irregular, cheia de pedregulhos
Os soldados o puxam com as cordas.
O percurso é de cerca de 600 metros.
 Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro,
freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão
cobertos de chagas.
Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola
o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação.


Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada
nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura
 de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio
 de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as
 terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os
carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela
dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue
 segue a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de
pedregulhos.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. 
Os algozes tomam as medidas.

Com uma espécie de broca rudimentar, é feito um furo na madeira
para facilitar a penetração dos pregos.


Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e
quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus,
 com um golpe certeiro de martelo
 o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o
rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se
imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante,
agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos
 ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um
 homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos
 grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a
 consciência.

Em Jesus não.

O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso
permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso
na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino
esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento,
 vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará
 três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava;
elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé;
consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam-se à
 estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal
da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros esfregam dolorosamente
sobre a madeira áspera. A ponta cortante da grande coroa de
 espinhos penetram o crânio.

A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro
dacoroa o impede de apoiar-se na madeira.
  Cada vez que o mestre
 levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.
Pregam-lhe os pés.


Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior.
Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o
 lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas
 ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a
ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em
 uso entre os militares.

Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz
no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma
contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados
e levantados, os dedos, se curvam.É como acontece a  alguém
ferido de tétano.

A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se
generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas
imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e
os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
 O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair.

Jesus respira com o ápice dos pulmões.

Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido
pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta
 purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia.
Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está
impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.
Mas o que acontece?
Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto
de apoio sobre o prego dos pés.
Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos
braços. Os músculos do tórax se distendem.

 A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se
esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.


Por que este esforço?

Porque Jesus quer falar:

"Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".

Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia
 recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na
cruz: cada vez que quer falar, deverá levar-se tendo como único
apoio o prego cravado nos pés.

Inimaginável!

Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames
de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode
enxotá-las.

Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a
temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortur
 a que dura três horas.

Todas as suas dores, a sede, as câimbras, a asfixia, o latejar dos
 nervos medianos, lhe arrancam um lamento:

"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?"

Jesus estava cheio dos nossos pecados e por isso sentiu que Deus
havia se distanciado.

Jesus exclama: "Tudo está consumado!"

Em seguida, encerra sua obra na cruz:

"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".

E depois morre.... EM MEU LUGAR E NO TEU LUGAR.

Para que toda a carta de acusação de pecados que tínhamos contra
 nós fosse rasgada e pregada juntamente com ele na cruz do
  calcário, e pudéssemos, através do sacrifício e do poder do
  seu sangue, ter perdão de pecados acesso direto ao nosso Pai
sem intermediários.

Jesus esteve entre nós, ensinou, fez milagres e depois se entregou
 e morreu voluntariamente essa morte terrível de cruz...
 e ressuscitou, para que hoje nós possamos ser salvos e nos
tornarmos filhos, membros da família do Pai...

Unicamente porque Deus ama você e eu!

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