sábado, 12 de dezembro de 2015

Implante de microchip como anticoncepcional

12/12/2015
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Microchip implantado sob a pele pode ser o futuro dos anticoncepcionais
Além de revolucionar o controle da natalidade, o CHIP poderá ser usado para distribuir outros medicamentos de forma controlada. Eles têm reservatórios onde pode ser colocado qualquer medicamento para uma distribuição programada e calendarizada. A Micro CHIPS explica que o chip abre as comportas do reservatório quando uma corrente elétrica mínima atravessa o selo hermético de titânio e platina, derrete-o e permite a distribuição dos medicamentos. 

Microchip implantado sob a pele pode ser o futuro dos anticoncepcionais a ser usado pelas mulheres
Controlar a ingestão da pílula anticoncepcional diariamente, no mesmo horário, pode parecer uma tarefa simples, mas casos de esquecimento são comuns e, por si só, essa rotina é maçante. Para facilitar o dia a dia das mulheres que fazem uso do medicamento, existem soluções como injeções e adesivos, mas uma empresa start-up americana pretende resolver de vez a questão com o implante de um chip nas mulheres.
Com sede em Massachusetts, nos EUA, a MicroCHIPS desenvolveu um pequeno dispositivo que promete controlar a fertilidade da mulher por 16 anos. O chip mede 20mm x 20mm x 7mm e deve ser implantado nas nádegas, no braço ou no abdômen. Ele libera diariamente 30 microgramas do medicamento Levonorgestrel, um hormônio presente em diversos contraceptivos.
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Caso a mulher mude de ideia e queira ter um filho, basta desligar o chip com um controle remoto. Para voltar a usar o método contraceptivo, basta um novo clique. Segundo a empresa, o chip deve começar a ser testado no ano que vem (2015) nos EUA, com previsão para chegar ao mercado em 2018.
O chip é de titânio e platina para evitar rejeição, com uma fina membrana que libera o medicamento com uma pequena carga elétrica. Apesar de o sistema já ter demonstrado funcionar corretamente, ainda existem questões a serem resolvidas, como a necessidade de criptografar o sistema para evitar o ataque de hackers.
Esta será uma maneira segura, efetiva e planejada de controlar a natalidade com a ajuda da tecnologia. Essa é a promessa da companhia Micro CHIPS, de Lexington, Massachusetts, que vem desenvolvendo chips para serem implantados sob a pele.
O dispositivo eletrônico tem em seu núcleo central um chip de 20 x 20 x 7 milímetros, capaz de durar 16 anos – a estimativa de metade da vida reprodutiva de uma mulher. Ele pode ser utilizado via controle remoto e, a partir de programação, fazer a entrega diária de 30mg de Levonorgestrel, medicação utilizada em tratamentos hormonais contraceptivos e em casos contraceptivos de emergência.
E, além de carregar contraceptivos, a novidade já vem sendo cotada a entregar outros tipos de medicamentos pelo mesmo processo.
“Essas matrizes foram criadas com a compatibilidade pré-programada com microprocessadores, telemetria sem fio ou sensor com resposta para ativar controles”, diz a empresa. “Reservatórios individuais de dispositivos podem ser abertos sob demanda, em calendário pré-determinado para liberar precisamente a quantidade de droga ou via sensor.”
Tecnicamente falando, o chip libera o conteúdo do reservatório no minuto em que a corrente elétrica de uma pequena bateria interna passa através de um selo hermético de titânio e platina, derretendo-o e deixando a dose percorrer o corpo.
Por enquanto, os testes realizados em humanos vêm dando certo. Os chips vêm liberando medicação para osteoporose para mulheres que já passaram pelo período de menopausa, mais de uma vez ao mês. Eles são colocados no corpo com anestesia local e o procedimento dura menos de 30 minutos. Até o momento não foram registradas reações adversas.
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Mesmo com muita gente já pensando nas possibilidades, ainda há duas questões primordiais a serem resolvidas. A primeira é encontrar uma maneira de encriptar os chips de maneira completamente segura, para que alguém não-autorizado não possa controlá-lo sem fio. A segunda é a aprovação dos itens e procedimentos junto ao órgão regulador Food and Drug Administration (FDA), que controla a regulamentação de alimentos e medicação nos Estados Unidos.
O projeto vem sendo realizado como apoio do programa Bill & Melinda Gates Foundation Family Planning e é liderado por Robert Langer, famoso engenheiro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
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